A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir nesta terça-feira (7) se aceita a terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um grupo apontado como responsável por disseminar desinformação durante as eleições de 2022. Segundo a acusação, o núcleo teria atuado de forma coordenada para minar a credibilidade das urnas eletrônicas e pressionar instituições públicas. Caso a denúncia seja acolhida, o número total de réus ligados ao caso chegará a 21.
O grupo em análise é composto por sete pessoas, incluindo militares e civis, acusados de propagar notícias falsas e teorias conspiratórias contra o sistema eleitoral. A PGR alega que as ações tinham como objetivo enfraquecer a confiança na Justiça Eleitoral e fomentar atos antidemocráticos. Os envolvidos negam as acusações, afirmando que suas ações foram isoladas ou dentro de limites funcionais.
Até agora, o STF já aceitou denúncias contra 14 pessoas relacionadas ao caso, incluindo um ex-presidente. A decisão desta terça pode consolidar o entendimento do tribunal sobre a existência de uma estrutura organizada para desestabilizar a democracia. O caso é visto como um dos mais relevantes sobre tentativas de interferência no processo eleitoral brasileiro.