O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta terça-feira (6) mais uma parte da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe durante o governo anterior. A ação teria como objetivo manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022. Desta vez, a Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, avalia se aceita a denúncia contra sete acusados do chamado “núcleo 4”, responsáveis por ações estratégicas de desinformação para desacreditar as urnas eletrônicas e promover instabilidade social.
Segundo a PGR, os integrantes desse grupo também atuaram para pressionar o então comandante do Exército a aderir ao plano, além de utilizar estruturas de inteligência para monitorar opositores e disseminar notícias falsas. Os sete denunciados respondem por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado. A maioria é formada por militares, mas também inclui um policial federal e um engenheiro ligado a ataques ao sistema eleitoral.
Até agora, 14 pessoas já foram tornadas réus nos núcleos 1 e 2 da denúncia. Se a Primeira Turma aceitar a acusação contra o núcleo 4, o número subirá para 21. O julgamento de outros 12 envolvidos, do núcleo 3, está marcado para 20 de maio. O caso, dividido em seis núcleos, busca agilizar a tramitação do processo, que envolve 34 denunciados no total.