A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (6) o julgamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete indivíduos acusados de integrar um grupo suspeito de planejar ações ilegais para manter o ex-presidente no poder após as eleições de 2022. Segundo a PGR, o grupo, composto principalmente por militares, teria promovido desinformação, atacado urnas eletrônicas e pressionado as Forças Armadas a aderirem ao suposto plano golpista. Além disso, há investigações sobre o uso indevido de órgãos públicos para fins ilegais.
A denúncia inclui crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado contra patrimônio público. O STF analisará questões processuais preliminares, como a suposta falta de provas, antes de decidir se os acusados serão formalmente levados a julgamento. Desde março, o tribunal já aceitou denúncias contra 14 pessoas envolvidas no caso, incluindo figuras de alto escalão.
Este julgamento representa mais um passo na investigação sobre a tentativa de ruptura democrática após as eleições de 2022. A PGR já denunciou 34 investigados no total, e a análise deste grupo específico pode ampliar o entendimento sobre a extensão do suposto plano. O caso reforça o papel do STF na preservação da ordem constitucional e no combate a ameaças contra as instituições democráticas.