A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta sexta-feira (16), manter a suspensão das deportações sumárias de imigrantes venezuelanos em situação irregular, contrariando os esforços da administração federal para retomar a prática com base em uma lei do século XVIII. Em uma votação de 7 a 2, os magistrados alegaram que os imigrantes não estavam recebendo tempo suficiente para contestar as expulsões. O caso foi devolvido a um tribunal de apelações para análise do mérito, marcando mais um capítulo na disputa entre o Poder Executivo e o Judiciário sobre políticas migratórias.
O presidente dos EUA expressou frustração em suas redes sociais, afirmando que a decisão impede o cumprimento de promessas de campanha e critica o processo legal prolongado para deportar pessoas que entraram ilegalmente no país. A alegação de que imigrantes irregulares representam risco à segurança nacional foi repetida, embora não haja evidências amplas que sustentem a generalização. A política migratória vigente já permite expulsões sem necessidade de recorrer à legislação histórica mencionada.
A decisão judicial reacende o debate sobre o equilíbrio entre controle migratório e direitos processuais, enquanto autoridades defendem posições divergentes. O governo argumenta que a medida é necessária para proteger o país, enquanto críticos apontam para a importância de garantir tratamento justo aos imigrantes. O impasse deve seguir em discussão nos tribunais, com possíveis desdobramentos políticos e jurídicos.