O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a ouvir, a partir desta segunda-feira (19), as testemunhas de acusação e defesa no processo que investiga supostas tentativas de interferência no resultado das eleições presidenciais de 2022. Entre os depoimentos previstos até junho, estão autoridades estaduais, ex-integrantes do governo e militares, totalizando 82 testemunhas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia em março, alegando organização criminosa e tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
Nesta semana, serão ouvidas as testemunhas indicadas pela acusação, incluindo ex-comandantes das Forças Armadas, que já confirmaram ter conhecimento de supostos planos para contestar os resultados eleitorais. Na quinta-feira (22), começam os depoimentos das testemunhas da defesa, entre elas nomes ligados a figuras políticas que atuaram no período. O governador de São Paulo e outros líderes estão entre os convocados para prestar esclarecimentos nas próximas semanas.
O caso, considerado histórico por envolver um ex-presidente da República, divide-se em núcleos de atuação, conforme a denúncia da PGR. A investigação busca apurar se houve coordenação para impedir a posse do vencedor das eleições. O STF segue com o cronograma de audiências, que deve se estender até o início de junho, marcando um dos processos mais complexos já conduzidos pela corte.