A Sony anunciou que pode aumentar os preços de seus produtos eletrônicos, seguindo os passos da Nintendo e da Microsoft, que já reajustaram os valores de seus videogames. Além disso, a empresa avalia transferir a produção do PlayStation para os Estados Unidos, atualmente concentrada na China, segundo o presidente Hiroki Totoki. Especialistas, como Joost van Dreunen, da NYU, apontam que a mudança é estrategicamente complexa devido a desafios logísticos e de supply chain. A diretora financeira da Sony, Lin Tao, também destacou que as tarifas impostas pelo governo Trump devem impactar os custos de hardware e semicondutores, afetando o preço final dos produtos.
O aumento de preços já começou a ser sentido em mercados como Europa, Austrália e Nova Zelândia, com um reajuste de 25% no PS5. A empresa justificou a decisão citando inflação alta e flutuações cambiais. Enquanto isso, as vendas do console devem cair em 2026, projetando-se 15 milhões de unidades, abaixo das 18,5 milhões em 2025. O adiamento do aguardado *Grand Theft Auto VI* para maio de 2026 também pode impactar negativamente as vendas do PlayStation 5. Van Dreunen ressalta que os produtos com hardware de alta performance tendem a ficar mais caros, já que as empresas buscam margens para manter a rentabilidade.
As tarifas americanas já influenciaram os preços de consoles como o Nintendo Switch 2, lançado a US$ 450, 50% mais caro que o modelo original, e o Xbox Series S, que subiu de US$ 299,99 para US$ 379,99. Críticos nas redes sociais questionam se os reajustes são justificáveis e expressam preocupação com o acesso aos videogames. Enquanto isso, a Sony e outras fabricantes enfrentam o desafio de equilibrar custos e demanda em um mercado cada vez mais competitivo.