Um sociólogo e influenciador digital, conhecido nas redes como “Chavoso da USP”, foi condenado pela Justiça por publicações feitas em 2021 contra o então prefeito de Guarulhos. As críticas foram motivadas pela demissão de aproximadamente 4.700 funcionários da empresa pública Proguaru, incluindo a mãe do influenciador, durante a pandemia. A decisão judicial, proferida em segredo de Justiça, tornou-se pública após o próprio réu divulgar a condenação.
A sentença determinou que o influenciador cumpra pena de 10 meses e 15 dias em regime aberto, convertida em serviços comunitários, além do pagamento de multa e indenização. As publicações, que associaram o ex-prefeito ao suicídio de um trabalhador da Proguaru e a problemas psicológicos e financeiros dos demitidos, foram consideradas pela magistrada como ultrapassando os limites da liberdade de expressão, configurando crimes contra a honra.
O influenciador defendeu-se afirmando que suas declarações foram feitas em um contexto de indignação política e pessoal. Já o ex-prefeito ressaltou que a Justiça reconheceu o excesso nas críticas e que ofereceu ao réu a chance de retratação pública, recusada durante o processo. O caso reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais.
