O sistema penitenciário federal brasileiro conta com cinco unidades de segurança máxima, localizadas em Brasília, Porto Velho, Mossoró, Campo Grande e Catanduvas, oferecendo 1.040 vagas. No entanto, apenas 489 estão ocupadas, resultando em uma taxa de ocupação inferior a 50%. Essas prisões foram projetadas para isolar presos de alta periculosidade, com protocolos rígidos de vigilância, incluindo bloqueadores de sinal e controle restrito de visitas. Apesar disso, o governo federal não planeja expandir o sistema devido a limitações financeiras e operacionais, enquanto especialistas apontam a necessidade de suprir um déficit de 250 mil vagas no sistema carcerário como um todo.
Embora os presídios federais tenham infraestrutura mais avançada que as unidades estaduais, eles ainda enfrentam problemas como a entrada de ilícitos por drones, falhas nos bloqueadores de sinal e deficiências no controle interno. O foco atual tem sido a modernização das unidades existentes, com reforços estruturais e melhorias em sistemas de videomonitoramento. No entanto, a aplicação das Regras de Mandela, que estabelecem padrões internacionais para condições prisionais, esbarra na superlotação e na falta de recursos.
Alternativas à construção de novas unidades incluem a redução do número de presos provisórios, o uso de penas alternativas para crimes menos graves e a revisão da Lei de Drogas. Especialistas destacam que a priorização do encarceramento como resposta à criminalidade não reduziu os índices de violência, enquanto ações oscilam entre reduzir a população carcerária e expandir vagas. A expansão do sistema federal de segurança máxima segue limitada por desafios financeiros, administrativos e políticos, mantendo o modelo restrito e sem perspectivas de crescimento no curto prazo.