No maior evento do Dia do Trabalhador em São Paulo, centrais sindicais e ministros do governo federal defenderam pautas como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Os participantes argumentaram que a redução da jornada, sem corte de salários, é necessária para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente em um contexto de preocupações com saúde mental. A aprovação dessas medidas, no entanto, depende da mobilização popular e do diálogo com um Congresso Nacional conservador, além do setor empresarial.
Ministros presentes, como Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), destacaram a importância de negociar com o empresariado e o Legislativo, enfatizando que as propostas beneficiam a economia e o bem-estar social. Macêdo classificou o fim da escala 6×1 como uma “medida civilizatória” e expressou otimismo quanto à aprovação da isenção do IR, que já foi enviada ao Congresso. A ausência do presidente Lula no evento foi justificada pela sua participação em agendas anteriores com as centrais sindicais.
O ato, organizado por entidades como Força Sindical, UGT e CTB, ocorreu na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo, e reuniu demandas históricas dos trabalhadores. Além da redução da jornada e da isenção fiscal, foram reforçadas reivindicações por igualdade salarial entre gêneros e redução dos juros. A mobilização reflete a pressão por avanços nas condições trabalhistas, embora os desafios políticos e econômicos ainda exijam negociações complexas.