Seis centrais sindicais brasileiras divulgaram uma nota na segunda-feira (26.mai.2025) repudiando a decisão do Ministério da Previdência Social de afastar conselheiros indicados por entidades de trabalhadores e aposentados do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social). As entidades classificaram a medida como autoritária, antidemocrática e ilegítima, destacando a falta de justificativa formal ou transparência no processo. O ministério, por sua vez, afirmou que os conselheiros suspensos estão vinculados a investigações sobre fraudes no INSS e pediu a indicação de novos nomes.
As centrais argumentam que o afastamento viola direitos constitucionais e enfraquece a participação democrática na gestão da previdência, conquista garantida pela Constituição de 1988. Elas rejeitam a associação do movimento sindical com irregularidades e exigem a revisão da decisão, sob risco de ruptura do pacto democrático. O ministro defendeu a medida, afirmando que ela não representa pré-julgamento e visa preservar a integridade do CNPS, garantindo espaço para defesa dos investigados.
Além da suspensão dos conselheiros, o ministro ampliou a participação de outros órgãos governamentais no CNPS, incluindo representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. O impasse reflete tensões sobre o modelo de gestão tripartite da previdência, com sindicatos acusando o governo de cercear sua representação e o ministério alegando necessidade de transparência diante das investigações em curso.