João Bosco estreou o show “Boca cheia de frutas” no Vivo Rio, no Rio de Janeiro, com um roteiro que une poesia, samba e reflexões sobre o Brasil. Acompanhado por seu quinteto, o artista mineiro apresentou um repertório que vai desde clássicos como “O bêbado e a equilibrista” até canções recentes, como “Dinossauros da Candelária”. A narrativa do espetáculo foi costurada por recitações de versos de poetas como Vinicius de Moraes e Vladimir Maiakóvski, além de homenagens a parceiros como Aldir Blanc e Antonio Cicero.
O show, com duração de quase duas horas e meia, explorou diversas cadências do samba, passando por temas afro-indígenas, folia carnavalesca e raízes africanas. Destaques incluem o medley que uniu “João do Pulo” e “Clube da esquina 2”, além da emocionante performance de “O ronco da cuíca”. A plateia reagiu com entusiasmo, especialmente durante o bis, que trouxe sucessos como “Bijuterias” e “Papel machê”.
Com uma mistura de nostalgia e esperança, João Bosco entregou um espetáculo que reforça sua maestria como compositor, violonista e intérprete. A turnê, que segue por outras cidades do país, promove não apenas seu álbum mais recente, mas também a riqueza cultural brasileira, celebrada em cada acorde e verso.