Michel Teló lançou o álbum audiovisual “Sertanejinho do Teló”, gravado durante um show em Campo Grande (MS), com o objetivo de transformar sucessos de diversos gêneros em um “bailão sertanejo”. O projeto, que mistura desde clássicos de Raul Seixas até hits recentes como os de Vitor Kley, prioriza a diversão em detrimento da coerência musical. Os arranjos, marcados pela sanfona, criam uma fusão despretensiosa, mas a falta de conexão entre as canções levanta questões sobre a profundidade artística do trabalho.
A crítica aponta que o álbum funciona como um produto genérico, onde as emoções originais das músicas são diluídas em meio a medleys e batidas sertanejas. Canções como “Metamorfose ambulante” e “Anna Júlia” perdem suas nuances em troca de um clima festivo, algo que Teló justifica como parte da proposta de entretenimento. A plateia de convidados parece ter apreciado o resultado, mas a avaliação artística do projeto recebeu apenas duas estrelas, destacando sua natureza superficial.
No fim, “Sertanejinho do Teló” cumpre seu propósito de animar o público, mas falha em oferecer algo além disso. O álbum reflete uma tendência de adaptar grandes sucessos a um formato comercial, sem preocupação com conceito ou originalidade. Para fãs em busca de diversão, pode ser uma opção válida; para quem valoriza profundidade musical, no entanto, o trabalho soa como uma oportunidade perdida.