O senador Sergio Moro e o ministro da Previdência Social debateram em uma comissão do Senado sobre as fraudes e descontos indevidos em benefícios do INSS. Moro afirmou que o ministro foi informado sobre os problemas em 2023, mas não agiu, enquanto o ministro rebateu, lembrando que denúncias já existiam em 2020, durante a gestão anterior. A discussão evidenciou divergências sobre a responsabilidade pelas irregularidades, que teriam causado prejuízos bilionários aos aposentados.
A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, investiga um esquema de descontos irregulares que afetou aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões. A ação da Polícia Federal resultou em prisões, apreensão de bens e revelou crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram irregularidades em 70% das entidades com acordos de cooperação com o INSS, levando à suspensão dos contratos.
O governo federal suspendeu os descontos e permitiu que beneficiários solicitassem a exclusão de débitos irregulares pelo aplicativo Meu INSS. Os acordos permanecerão paralisados até o fim das investigações e a definição de novos protocolos. O caso continua sob análise, enquanto autoridades buscam soluções para evitar novos prejuízos aos aposentados.