Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal está investigando a atuação das plataformas de apostas esportivas no Brasil. O foco é apurar irregularidades, como lavagem de dinheiro e os efeitos financeiros dessas operações no orçamento das famílias, além de analisar o papel de influenciadores digitais na promoção desses sites. A popularidade das apostas, impulsionada por patrocínios de celebridades e times de futebol, tem levantado preocupações sobre seu impacto social e psicológico, especialmente entre jovens.
Especialistas alertam que o vício em apostas pode se desenvolver de forma silenciosa, confundido inicialmente com um passatempo inofensivo. A liberação de dopamina durante as apostas cria um ciclo vicioso, em que a euforia dos ganhos e a frustração das perdas levam à perda de controle. Sintomas como ansiedade, isolamento e endividamento são comuns, mas muitos não percebem que estão adoecendo, dificultando a busca por ajuda.
O tratamento para a dependência em apostas requer abordagem especializada e apoio familiar, segundo profissionais da área. A psicóloga entrevistada destaca a necessidade de desmistificar a ideia de que apostar é sempre seguro, já que a prática pode ser uma forma de fuga emocional. A CPI e os alertas de saúde pública buscam conscientizar sobre os riscos desse mercado em expansão.