O presidente do Senado Federal afirmou nesta quinta-feira (22) que não se opõe à instalação da CPMI para apurar fraudes no INSS, mas decidiu adiar a sessão do Congresso que deliberaria sobre o tema para junho. Ele negou qualquer manobra para impedir a criação da comissão, destacando que o requerimento já possui assinaturas suficientes. No entanto, explicou que preferiu aguardar um acordo entre os líderes para tratar também de outros temas, como vetos presidenciais a projetos de lei.
A CPMI, se aprovada, investigará um esquema bilionário de descontos não autorizados em folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, supostamente em vigor desde 2019. A oposição é a principal autora do requerimento e pressiona pela instalação da comissão. Enquanto isso, o governo demonstra divisões: alguns defendem a CPI para vincular as fraudes a gestões anteriores, enquanto outros temem desgaste político e interferência em investigações em curso.
A leitura do requerimento está marcada para a sessão do Congresso em 17 de junho, conforme as regras regimentais. O presidente do Senado reforçou que o processo seguirá os trâmites legais, sem obstruções. O caso tem gerado debates acalorados, refletindo a tensão política em torno do tema.