A semana começa com expectativas focadas nas decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos. No Brasil, o Copom deve elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, levando-a a 14,75% ao ano, com projeções de novo aumento em junho. Já nos EUA, o Fomc deve manter os juros entre 4,25% e 4,50%, sinalizando cautela diante da incerteza econômica. Ambos os bancos centrais enfrentam o desafio de equilibrar o controle da inflação com o risco de desaceleração do crescimento.
As tensões comerciais e as pressões inflacionárias complicam o cenário, especialmente nos EUA, onde o mercado de trabalho mostra sinais contraditórios. Enquanto os dados de abril surpreenderam positivamente, as revisões de março indicam fragilidade. Isso deixa o Federal Reserve em uma posição delicada, sob pressão para evitar tanto a alta de preços quanto o aumento do desemprego. No Brasil, o Copom deve reforçar a manutenção de uma política monetária restritiva, sem ainda definir o próximo passo.
Indicadores econômicos recentes, como o IPC-Fipe e os PMIs americanos, refletem um ambiente de desaceleração. O Relatório Focus brasileiro e os dados de atividade nos EUA sugerem cautela, com investidores atentos aos próximos movimentos dos bancos centrais. A semana promete ser decisiva para o direcionamento das taxas de juros e para as perspectivas econômicas em ambos os países.