A segunda etapa de visitas a propriedades rurais em um raio de dez quilômetros do primeiro foco de gripe aviária em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está em andamento. Equipes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) já vistoriaram 156 das 255 propriedades previstas, reforçando medidas de vigilância e orientação aos produtores. Apesar do encerramento oficial do foco na granja comercial, as ações continuam, incluindo barreiras sanitárias que funcionam 24 horas por dia.
O surto, confirmado em 16 de maio, resultou na morte de 17 mil aves, a maioria por conta da doença, enquanto as restantes foram sacrificadas. O Ministério da Agricultura destacou que apenas 4% dos casos investigados desde 2022 foram confirmados como gripe aviária, a maioria em aves silvestres. Autoridades reforçam que a doença não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, e o Brasil nunca registrou casos em humanos.
Além do foco em Montenegro, o vírus foi detectado no Zoológico de Sapucaia do Sul, onde mais de 90 aves silvestres morreram. Os vírus nos dois locais são da mesma cepa, mas ainda não há confirmação de ligação direta entre os casos. O estado mantém o vazio sanitário de 28 dias, essencial para garantir a eliminação do vírus antes da retomada das atividades avícolas na região.