O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que as notícias sobre um possível pacote de medidas para impulsionar a popularidade do governo antes das eleições de 2026 não trazem informações novas. Ele destacou que o foco da administração é cumprir as metas fiscais já estabelecidas, reforçando que o debate atual é mais uma “forma de contar história” do que um reflexo das ações governamentais. Mello também questionou o papel do Executivo se não houver perspectiva de novas políticas públicas, defendendo a importância de iniciativas já em curso, como o Minha Casa, Minha Vida e o novo PAC.
Fontes do governo, no entanto, avaliam que os programas existentes não estão surtindo o efeito desejado na popularidade do presidente, o que exigiria medidas adicionais para mudar esse cenário. Entre as propostas em estudo estão o novo Vale Gás, uma linha de crédito para entregadores por aplicativo e a utilização de hospitais privados para cirurgias do SUS. Também estão em discussão políticas para melhorias em moradias precárias e a equiparação de benefícios entre motoristas de aplicativo e taxistas.
Apesar das especulações, o secretário manteve o discurso de que o governo está comprometido com o arcabouço fiscal, evitando associar as possíveis novas medidas a motivações eleitorais. O Palácio do Planalto, por sua vez, continua analisando opções para reforçar a imagem do presidente nos próximos meses, sem abandonar o discurso de responsabilidade fiscal.