O secretário da Segurança Pública de São Paulo afirmou ser contrário à dispersão de usuários de drogas pela cidade, após o esvaziamento da Rua dos Protestantes, na Cracolândia. Ele destacou que o governo estadual não determinou qualquer ação para dispersar os dependentes químicos, mas sim priorizou um trabalho multidisciplinar na região central. Operações policiais e iniciativas de assistência social foram citadas como medidas que contribuíram para a redução do fluxo de pessoas no local.
Apesar do declínio na Rua dos Protestantes, pequenos grupos de usuários foram observados em outras áreas do centro, com a prefeitura identificando sua presença em pelo menos 32 ruas. O secretário negou que o possível aumento de aglomerações em outras regiões esteja relacionado às mudanças na Cracolândia, atribuindo o fenômeno a um problema nacional e global. Ele ressaltou que o consumo de drogas é um desafio presente em todo o Brasil, citando exemplos de outras cidades.
O secretário enfatizou que a estratégia adotada foi concentrar esforços em áreas específicas, oferecendo tratamento diferenciado, em vez de dispersar os usuários. Embora reconheça que o problema não está resolvido, ele acredita que as ações em curso estão no caminho certo. A prefeitura de Guarulhos investiga denúncias de que dependentes da Cracolândia teriam sido levados para a cidade, mas o secretário descartou relação direta com as mudanças no centro de São Paulo.