A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) divulgou que 41% das consultas ambulatoriais oferecidas nas unidades básicas de saúde em 2025 não foram realizadas devido à baixa procura. Enquanto isso, a população tem priorizado os serviços de urgência, sobrecarregando essa rede e deixando a atenção primária ociosa. Entre janeiro e abril deste ano, foram disponibilizadas mais de 499 mil consultas com clínicos gerais, pediatras e ginecologistas, mas muitas permanecem sem agendamento.
A atenção básica é essencial para diagnóstico precoce, prevenção de doenças crônicas e redução da demanda em serviços de emergência. Segundo especialistas, 85% das necessidades de saúde poderiam ser resolvidas nesse nível, evitando custos desnecessários e melhorando a qualidade do atendimento. Exemplos incluem o acompanhamento de hipertensão, crescimento infantil e orientações sobre medicamentos, que previnem complicações futuras.
A SMS reforça que a busca desequilibrada por serviços de urgência impacta a gestão do sistema, aumentando custos e filas. Para melhorar o acesso, a prefeitura contratou mais de 150 profissionais, distribuiu insumos e equipamentos e ampliou salas de vacinação. A população é incentivada a agendar consultas presencialmente, por WhatsApp ou via telefone fixo, aproveitando os recursos disponíveis na rede primária.