A falta de chuva no início do ano em partes do Nordeste prejudicou a produção de milho, principal ingrediente das festas juninas, como o São João de Campina Grande, na Paraíba. A escassez do produto fez os preços dispararem, com a “mão de milho” (52 espigas) subindo mais de 30% em algumas cidades. Comerciantes relatam dificuldades para abastecer as bancas, e agricultores enfrentam perdas de até 90% da produção devido à seca.
O agrônomo Carlos José de Araújo Filho, da Empaer/PB, explica que a região teve uma redução de cerca de 70% no volume de chuvas esperado, impactando diretamente a produtividade. A situação ameaça a disponibilidade de pratos típicos, como pamonha e canjica, que são essenciais para as celebrações juninas. Mesmo com os preços elevados, a tradição segue sendo mantida, embora com custos mais altos para os consumidores.
A escassez de milho reflete um problema mais amplo, já que a seca também afeta o abastecimento de água em cidades como Campina Grande. O cenário preocupa tanto produtores quanto consumidores, que veem os preços subirem às vésperas das festas. A combinação de fatores climáticos e a redução na oferta do produto devem deixar os pratos típicos mais caros nesta temporada.