Após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um estabelecimento comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina emitiu um alerta máximo para reforçar as medidas de biosseguridade em sua avicultura. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) publicaram uma nota técnica com ações sanitárias, incluindo a fiscalização intensificada de cargas de aves e ovos provenientes do estado vizinho, além de vigilância ativa em propriedades que receberam animais da região afetada nos últimos 30 dias.
Santa Catarina, segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, destacou a importância da colaboração de produtores e da sociedade para evitar a entrada da doença no estado. Entre as recomendações estão a proibição de visitas a aviários, o reforço no controle de água, ração e barreiras físicas, além do isolamento de aves de subsistência para evitar contato com aves silvestres. A Cidasc ressaltou que o consumo de carne de frango e ovos não representa risco aos humanos, mas pediu notificação imediata em caso de sinais clínicos ou mortalidade elevada em aves.
O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul por 60 dias, marcando o primeiro caso de IAAP em avicultura comercial no país. Embora o vírus circule globalmente desde 2006, o risco de transmissão para humanos é considerado baixo. A Cidasc monitora a situação e pode adotar novas medidas conforme a evolução do cenário epidemiológico.