O presidente russo afirmou que o país ainda não viu necessidade de usar armas nucleares na Ucrânia, expressando esperança de que essa opção não seja necessária no futuro. Em declarações durante um documentário estatal, ele destacou que a Rússia possui força e recursos para levar o conflito, iniciado em 2022, a uma conclusão lógica, conforme seus objetivos. A doutrina nuclear revisada em 2024 ampliou as circunstâncias para o uso de armas atômicas, incluindo respostas a ataques convencionais apoiados por potências nucleares.
Sobre o conflito, o líder russo reiterou que a ação militar no território ucraniano é uma “operação especial”, negando tratar-se de uma invasão em larga escala. Ele também mencionou que a reconciliação com a Ucrânia é inevitável, embora as propostas de cessar-fogo permaneçam em desacordo entre os dois países. O Kremlin anunciou uma trégua humanitária de 72 horas em maio, coincidindo com as celebrações da vitória sobre a Alemanha nazista, mas a proposta foi recebida com ceticismo pelo governo ucraniano.
O presidente da Ucrânia criticou a iniciativa russa, descrevendo-a como uma tentativa de suavizar a imagem antes das comemorações anuais. Em contrapartida, ele reiterou o pedido por uma trégua mais extensa, de 30 dias, alinhada à proposta inicial dos EUA, como um passo significativo para encerrar a guerra. As negociações permanecem em impasse, com ambos os lados mantendo posições divergentes sobre os termos para uma possível paz.