Um indivíduo cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília desde 2022, acusado de usar identidade falsa e possíveis ligações com atividades de espionagem. Conhecido por seu comportamento discreto e dedicado à leitura, o detento recebe apenas três visitas: seu advogado, um amigo e um representante do consulado russo. Sua extradição para a Rússia, já autorizada pelo STF, aguarda a conclusão de investigações locais sobre corrupção e espionagem.
A história ganhou destaque após reportagem do The New York Times, que revelou como o Brasil foi usado como plataforma para a formação de espiões russos. O país teria sido escolhido devido à facilidade de obter passaportes brasileiros, aceitos em diversos países sem necessidade de visto, e à diversidade populacional, que permitia a russos se passarem por brasileiros sem levantar suspeitas. O caso em questão envolve um indivíduo que estudou no exterior usando documentos falsos e foi deportado após tentar ingressar na Holanda sob alerta das autoridades norte-americanas.
Enquanto aguarda a extradição, o detento mantém uma rotina de leitura intensa, tendo solicitado 38 livros apenas em 2025. A lista inclui desde obras de ficção, como “Star Wars” e “Harry Potter”, até títulos como “Sobre a Tirania”, que discute ameaças às democracias modernas. O caso ilustra as complexidades da espionagem internacional e o papel do Brasil nesse cenário.