Um indivíduo cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília desde 2022, após ser identificado como suposto agente envolvido em atividades de inteligência. Conhecido por seu comportamento discreto e dedicado à leitura, o detento recebe apenas três visitas: seu advogado, um amigo e um representante consular. Sua prisão ocorreu após tentar entrar na Holanda com documentos falsos, levando a uma investigação que expôs operações de espionagem vinculadas a um país estrangeiro.
A escolha do Brasil como base para essas atividades teria sido motivada pela facilidade de circulação proporcionada pelo passaporte brasileiro, aceito em diversos países sem necessidade de visto. Além disso, a diversidade étnica do país permitiria que estrangeiros passassem despercebidos. O caso ganhou repercussão internacional após uma reportagem do The New York Times destacar o uso do território brasileiro para recrutamento e treinamento de agentes.
Enquanto aguarda a conclusão das investigações e um possível processo de extradição, o preso mantém uma rotina de isolamento e leitura. Em 2025, ele já solicitou 38 livros, incluindo obras de ficção, thrillers e até análises políticas. A situação ilustra as complexidades da cooperação internacional em casos de segurança e diplomacia, com implicações ainda em aberto.