Sebastião Salgado, reconhecido como um dos maiores fotojornalistas do mundo, faleceu aos 81 anos. Dois meses antes de sua morte, ele foi homenageado com uma retrospectiva no Centro Cultural Les Franciscaines, em Deauville, França. A exposição, realizada em parceria com a Maison Européenne de la Photographie, reuniu mais de 160 imagens que resumiam seus mais de 40 anos de carreira, incluindo trabalhos marcantes sobre a África, imigração e a série “Outras Américas”.
Durante o evento, Salgado compartilhou reflexões profundas sobre sua vida e carreira. Ele emocionou-se ao relembrar a perda de colegas fotógrafos em missões perigosas, como no Congo, e destacou a gratidão por chegar aos 80 anos. “Para mim, estar vivo com 80 anos é um privilégio enorme”, afirmou. Suas fotografias, que documentaram crises humanitárias e transformações sociais, refletiam seu compromisso em capturar momentos históricos.
A exposição também destacou seu olhar sensível sobre a classe trabalhadora e as mudanças globais. Salgado explicou que suas imagens não eram fruto de astúcia, mas sim de uma imersão no contexto histórico em que viveu. “Eu simplesmente me situei no momento histórico em que eu vivi”, concluiu. Sua obra permanece como um legado poderoso, celebrando a resiliência humana e a beleza em meio às adversidades.