O Departamento de Educação dos Estados Unidos retomou a cobrança de empréstimos estudantis federais após cinco anos de pausa, medida que pode impactar negativamente o score de crédito de milhões de americanos. A partir de 5 de maio, o órgão passou a adotar medidas punitivas, como a retenção de restituições do imposto de renda e o confisco de salários, afetando especialmente os mais de 9 milhões de mutuários inadimplentes ou com pagamentos em atraso grave.
O impacto econômico individual deve ser significativo, principalmente para jovens abaixo dos 40 anos, que concentram mais da metade da dívida estudantil do país. Embora analistas do Morgan Stanley prevejam um efeito modesto no PIB, o endividamento pode limitar o acesso a crédito para imóveis, carros e outros bens, pressionando ainda mais o consumo e as projeções de crescimento. Pessoas de baixa renda são as mais vulneráveis à inadimplência, mesmo que a dívida seja maior entre os grupos de renda média e alta.
A decisão foi justificada pelo governo como uma medida de justiça, evitando que contribuintes subsidiem políticas de crédito consideradas irresponsáveis. No entanto, a retomada das cobranças em um momento de fragilidade econômica para muitas famílias pode agravar desigualdades e influenciar indicadores financeiros, como a curva dos Treasuries, no médio prazo.