A histórica Catedral de Notre-Dame, em Paris, reabriu suas portas em 7 de dezembro de 2024, após cinco anos de restauração devido a um incêndio que devastou parte de sua estrutura em 2019. O projeto, que custou 700 milhões de euros, manteve o estilo gótico original, reconstruindo o telhado com os desenhos iniciais e restaurando detalhes como a cruz da capela e o órgão de 8 mil tubos. Os vitrais e paredes passaram por limpeza minuciosa, e o local voltou a receber entre 29.000 e 35.000 visitantes diários, retomando seu lugar como um dos monumentos mais icônicos da França.
O incêndio de 2019, que durou horas e mobilizou 400 bombeiros, consumiu parte da construção do século 12, incluindo o teto e a torre central. Apesar da tragédia, as equipes de emergência conseguiram salvar as obras de arte e artefatos religiosos, preservando centenas de preciosidades artísticas e vitrais que adornam a catedral. O evento também permitiu pesquisas sobre técnicas de construção medievais, com cientistas analisando materiais expostos pelas chamas, como rochas e metais.
Além de seu valor arquitetônico, Notre-Dame carrega um simbolismo histórico e cultural, sendo uma das mais antigas catedrais góticas do mundo, construída entre 1163 e 1345. Seu subsolo abriga uma cripta com ruínas descobertas em escavações do século 20, enquanto sua história se entrelaça com narrativas românticas e literárias que inspiraram obras ao longo dos séculos. A reabertura não só celebra a resiliência do patrimônio francês, mas também reafirma o papel da catedral como um marco artístico e espiritual.