O jornalismo esportivo paraense e brasileiro está de luto com a morte do repórter Agripino Furtado, conhecido carinhosamente como Agripa, aos 72 anos. Ele faleceu em casa, enquanto dormia, conforme relatado por seu filho Kauã Furtado. Agripa era uma figura reverenciada no meio esportivo, especialmente pelo seu trabalho de cinco décadas cobrindo o Paysandu, clube que considerava sua segunda casa. Mesmo afastado das atividades profissionais devido ao Parkinson, nunca deixou de acompanhar o futebol, mantendo-se atualizado por meio de jornais e programas esportivos.
Agripa iniciou sua carreira na Rádio Marajoara em 1972, levado pelo também falecido Jurandir Bonifácio, e passou por emissoras como Rádio Clube do Pará e Rádio Liberal, onde encerrou sua trajetória. Era reconhecido como um grande contador de histórias e gozava de prestígio entre colegas de profissão, inclusive em grandes centros esportivos do país. Seu legado inclui não apenas a excelência profissional, mas também a humanidade e a luz que transmitia a quem convivia com ele.
Colegas de profissão, como o radialista Guilherme Guerreiro e o narrador Valmir Rodrigues, destacaram a perda irreparável para o jornalismo esportivo. Guerreiro lembrou Agripa como um ser humano “leve, sereno e cheio de luz”, enquanto Rodrigues enfatizou sua generosidade ao ajudar novos profissionais. Sua morte deixa um vazio no coração de quem o admirava, mas seu legado permanece vivo no jornalismo e no futebol do Pará.