Dois anos após a declaração de emergência humanitária na Terra Indígena Yanomami, uma equipe de reportagem percorreu 3.600 quilômetros para avaliar as mudanças na região. Em 2023, o cenário era de extrema desnutrição, doenças sem controle e garimpos ilegais dentro das aldeias. Atualmente, houve avanços significativos, como a redução de 96,5% na atividade garimpeira, graças a operações coordenadas pelo governo, que destruíram R$ 369 milhões em equipamentos ilegais e utilizaram tecnologia de drones para monitoramento.
A saúde dos yanomamis também apresentou melhorias, com queda de 42% nas mortes por malária, embora os casos da doença tenham aumentado 10% em 2024. Postos de saúde emergenciais foram instalados, reduzindo drasticamente o número de internações. No entanto, um relatório do Ministério da Saúde revelou que 337 indígenas morreram em 2024, número 21% menor que em 2023, mas ainda próximo ao registrado antes da crise, devido ao registro tardio de óbitos em áreas antes dominadas pelo garimpo.
Apesar dos desafios persistentes, como a migração do garimpo para áreas mais remotas da floresta, há sinais de esperança. Líderes locais comemoram a recuperação das crianças, agora saudáveis e brincando, contrastando com o cenário desolador de dois anos atrás. A reportagem destaca a necessidade de manutenção dos esforços para garantir a proteção e o bem-estar da comunidade yanomami.