O programa *Profissão Repórter* revelou detalhes sobre os chamados “tribunais do crime,” onde facções organizadas sequestram, julgam e executam pessoas acusadas de descumprir regras ou cometer supostos crimes. Um caso recente envolveu uma estudante que foi perseguida e morta, com o principal suspeito sendo encontrado morto dias depois, possivelmente vítima de execução por grupos criminosos. Autoridades destacam a ilegalidade desses julgamentos, questionando a falta de garantias processuais e o risco de condenações injustas.
Em Sorocaba, um jovem com deficiência intelectual foi vítima de um boato e executado após ser torturado para confessar um crime que não cometeu. Áudios obtidos pela reportagem mostram que esses julgamentos seguem um ritual, com participação até de presidiários, e que os corpos são frequentemente ocultados. Cinco pessoas foram presas pelo caso, mas a prática continua sendo um desafio para as autoridades.
A reportagem também analisou um vídeo de 2021 em que um homem foi sequestrado e executado após ser acusado de assédio. Promotores explicam que esses “tribunais” operam em sintonia com lideranças dentro e fora dos presídios, criando um “estado paralelo.” Especialistas condenam a barbárie desses atos, enquanto defensores argumentam que alguns casos podem envolver equívocos ou contextos mal interpretados.