O naufrágio do Titanic, em 1912, transformou objetos pessoais de passageiros e tripulantes em relíquias valiosas, frequentemente leiloadas por milhões. Entre os itens mais destacados estão um relógio de bolso de ouro pertencente ao empresário John Jacob Astor, vendido por R$ 6,5 milhões, e o violino do maestro Wallace Hartley, que tocou até os momentos finais do navio, arrematado pelo mesmo valor. A bolsa que guardava o instrumento foi vendida por R$ 2,1 milhões, reforçando o fascínio por artefatos ligados à tragédia.
Outros itens emblemáticos incluem um casaco de pele de castor da comissária de bordo Mabel Bennet, único vestuário intacto após o naufrágio, leiloado por 210 mil libras, e as chaves usadas pelo tripulante Samuel Hemming para buscar lanternas dos botes salva-vidas, adquiridas por 20 mil libras. Documentos históricos, como uma carta escrita por um passageiro uruguaio na véspera do acidente, e o cardápio do último almoço da primeira classe, vendido por 76 mil libras, também chamaram atenção nos leilões.
A recuperação de peças como o sino do vigia, que alertou sobre o iceberg, e um bracelete de ouro com o nome “Amy” gravado em diamante, encontrado nos destroços em 1987, ilustram a dimensão cultural e emocional desses artefatos. Com mais de 1.500 vítimas, o Titanic continua a gerar interesse não só pela tragédia, mas pelas histórias pessoais preservadas em seus objetos, que hoje valem fortunas.