Soldados israelenses e ex-prisioneiros palestinos afirmam que as Forças Armadas do país têm adotado a prática de utilizar civis como escudos humanos na Faixa de Gaza, conduta considerada crime de guerra pela Convenção de Genebra. Segundo relatos, prisioneiros são vestidos com uniformes militares e obrigados a inspecionar explosivos ou identificar membros do Hamas, enquanto veículos de comunicação destacam o alto número de vítimas civis. O Exército de Israel nega as acusações, afirmando que a prática é proibida e que investigações estão em curso.
A estratégia, segundo soldados entrevistados, tornou-se comum em Gaza e começou a ser expandida para a Cisjordânia. Organizações civis israelenses alegam que a tática é usada há décadas, apesar de uma decisão da Suprema Corte em 2005 proibi-la. Um documento obtido pela AP revela que pelo menos um palestino morreu após ser confundido com um militante, levantando questões sobre a conduta militar e a proteção dos direitos humanos.
Um palestino que sobreviveu à experiência relatou ter sido ameaçado de morte caso não obedecesse às ordens dos soldados. Enquanto autoridades locais denunciam milhares de mortes civis, a situação continua a gerar preocupações internacionais sobre a escalada do conflito e o respeito às leis de guerra. A reportagem destaca a complexidade do cenário, sem atribuir culpas diretas, mas reforçando a necessidade de apuração imparcial.