Soldados israelenses e ex-prisioneiros palestinos relataram à Associated Press que civis estão sendo utilizados como escudos humanos durante operações militares em Gaza. De acordo com os depoimentos, palestinos são vestidos com equipamentos militares e obrigados a inspecionar locais suspeitos, como casas e túneis, para verificar a presença de explosivos ou militantes. O Exército de Israel negou as acusações, afirmando que a prática é proibida e que eventuais violações estão sob investigação.
Testemunhas descreveram situações em que civis foram ameaçados e forçados a participar das operações por dias consecutivos. Dois soldados confirmaram o uso da tática, mencionando que seus superiores estavam cientes e que a estratégia, conhecida como “protocolo mosquito”, visava acelerar missões e reduzir riscos para as tropas. Um relatório obtido pela AP indicou que um civil morreu após ser confundido com um militante durante uma dessas operações.
A prática é considerada crime de guerra sob leis internacionais. Enquanto autoridades israelenses acusam o Hamas de empregar táticas similares, os relatos levantaram preocupações sobre a conduta das forças militares no conflito. A AP destacou que as informações foram coletadas sob sigilo, com fontes que preferiram não se identificar devido à sensibilidade do tema.