Um relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro deixou de incluir o nome de um indivíduo apontado como fornecedor de armas e drogas para uma facção criminosa, fato que foi alvo de deboche em mensagens trocadas entre integrantes do grupo. As conversas, interceptadas pela Polícia Federal, revelaram que o investigado comemorou sua ausência no documento, brincando que poderia “viajar” por ter sido “esquecido”. O caso ocorreu em 2022, quando o grupo estava sob investigação por tráfico de armas e corrupção de agentes públicos.
O relatório em questão apresentava um organograma da facção, listando seus principais líderes e subordinados, mas não mencionava o nome do suposto fornecedor. Em troca de mensagens, ele ironizou a situação, afirmando que o importante era estar “vivo e em liberdade”. As autoridades destacaram que tanto ele quanto outro líder mencionado nas conversas estão foragidos da Justiça, com mandados de prisão em aberto.
O caso também chamou atenção pela estrutura montada pelo investigado em sua residência, que incluía equipamentos cirúrgicos e itens de luxo, como uma piscina e hidromassagem. A Polícia Federal continua as investigações, enquanto o Ministério Público não se pronunciou sobre as omissões no relatório. O episódio ilustra os desafios no combate ao crime organizado e a complexidade das redes criminosas no país.