O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o relatório anual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), posicionando o Brasil na 84ª colocação, com pontuação de 0,786 – considerado alto desenvolvimento humano. O país subiu cinco posições em relação a 2022, impulsionado por melhorias em expectativa de vida, escolaridade e PIB per capita. No entanto, quando ajustado pela desigualdade social, o IDH brasileiro cai para 0,594, rebaixando o país para a categoria de desenvolvimento médio e a 105ª posição global.
O relatório destaca que a média mundial do IDH atingiu 0,756 em 2023, o maior patamar desde o início da série histórica, mas alerta para a desaceleração no progresso global. Países de baixo IDH estão ficando para trás pelo quarto ano consecutivo, rompendo com a tendência histórica de convergência entre nações. A Islândia lidera o ranking (0,972), enquanto o Sudão do Sul ocupa a última posição (0,388). Na América Latina, o Chile tem o melhor desempenho (45º lugar), seguido por Argentina e Uruguai.
O tema desta edição focou no impacto da inteligência artificial no desenvolvimento humano. O Pnud enfatizou a necessidade de cooperação internacional para garantir que a tecnologia seja usada de forma inclusiva, beneficiando todos os países. O relatório também analisou disparidades de gênero: no Brasil, as mulheres têm IDH ligeiramente superior ao dos homens (0,785 contra 0,783), com vantagem em expectativa de vida e escolaridade, mas desvantagem em renda. A pegada de carbono ajustada coloca o Brasil em 77º lugar, refletindo seu desempenho ambiental relativo.