Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (6) expôs desigualdades chocantes na saúde global. Crianças de até cinco anos em países pobres têm 13 vezes mais risco de morrer do que as de nações ricas, devido à falta de acesso a saúde, moradia e educação. O documento estima que 1,8 milhão de vidas infantis poderiam ser salvas anualmente com a redução das desigualdades sociais, destacando que a mortalidade infantil está ligada não apenas à saúde, mas também a condições precárias de vida e oportunidades limitadas.
Além disso, o estudo revela que pessoas em países com menor expectativa de vida vivem, em média, 33 anos a menos do que aquelas em regiões mais desenvolvidas. A mortalidade materna, apesar de ter caído 40% globalmente desde 2000, ainda concentra 94% dos casos nos países mais pobres. Esses dados evidenciam a persistência de disparidades gritantes, mesmo com avanços em outras partes do mundo.
O relatório reforça a urgência de políticas eficazes para combater as desigualdades e melhorar as condições de vida nas regiões mais vulneráveis. A OMS defende esforços globais coordenados para promover acesso equitativo à saúde, educação e moradia, visando reduzir a mortalidade infantil e materna, além de aumentar a expectativa de vida. A situação exige ações imediatas para garantir um desenvolvimento mais justo e sustentável.