Um relatório da Defensoria Pública de São Paulo revelou inconsistências na versão apresentada por policiais militares sobre a morte de um jovem durante uma abordagem em novembro de 2024. Segundo o boletim de ocorrência, os agentes afirmaram que atiraram em legítima defesa após o jovem apontar uma arma, mas as imagens das câmeras corporais mostram que não havia nenhum objeto do tipo no local imediatamente após o disparo. Diante das evidências, dois policiais envolvidos no caso foram afastados temporariamente das ruas por decisão judicial.
As gravações analisadas pela Defensoria mostram o jovem caído ao lado de uma moto, sem qualquer arma visível. No entanto, em outro momento, uma arma aparece na cena, levantando suspeitas de que possa ter sido colocada posteriormente. O relatório também destaca que um dos policiais orientou que a câmera fosse virada para a parede, momento em que o objeto sai e depois retorna ao campo de visão.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito já foi concluído e encaminhado ao Judiciário. Enquanto isso, os policiais permanecem afastados de funções operacionais, conforme determinação da Justiça. A família do jovem, que trabalhava como entregador, aguarda esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte.