Um relatório parcial da Polícia Civil de São Paulo investiga o desvio de parte do dinheiro destinado ao Corinthians, proveniente de um patrocínio com uma casa de apostas. Segundo o documento, cerca de R$ 1,4 milhão em comissões pagas a um intermediário teriam sido transferidos para contas ligadas a uma organização criminosa de atuação nacional. As movimentações financeiras foram identificadas como parte de um esquema de lavagem de dinheiro, com recursos sendo pulverizados para dificultar o rastreamento.
O relatório detalha que os valores passaram por empresas suspeitas, incluindo uma agência de representação de jogadores, citada em investigações anteriores como possível canal para ocultar recursos ilícitos. Operações como essas são comuns em esquemas de lavagem, com transferências múltiplas para mascarar a origem do dinheiro. A investigação ainda está em andamento, sem conclusões definitivas sobre o envolvimento de terceiros.
O caso ganhou repercussão após delações premiadas apontarem conexões entre agentes do futebol e o crime organizado. Em 2022, um empresário que colaborava com as investigações foi assassinado, em um episódio que levantou suspeitas de retaliação. As autoridades seguem apurando os fatos, enquanto o Corinthians não se pronunciou oficialmente sobre as alegações.