Apesar de uma redução de 20,44% nos casos de violência contra jornalistas em 2024 em comparação com o ano anterior, o problema continua enraizado na sociedade. O alerta foi feito durante o lançamento do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, que registrou 144 ocorrências no ano passado, equivalente a uma agressão a cada dois dias e meio. Políticos, assessores e apoiadores foram responsáveis por mais de 40% dos ataques, que incluem agressões físicas e assédio judicial.
O relatório, apresentado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, destacou a necessidade de maior proteção aos profissionais da imprensa. A presidente da Fenaj argumentou que o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos deve considerar a vulnerabilidade dos jornalistas, garantindo condições seguras para o exercício da profissão. A liberdade de imprensa foi enfatizada como fundamental para a democracia, com a violação dos direitos desses profissionais sendo vista como um ataque à sociedade como um todo.
Embora a queda nos números seja um avanço, a frequência dos casos ainda preocupa. O debate reforçou a importância de medidas eficazes para coibir a violência e proteger a liberdade de expressão, essencial para o funcionamento de uma sociedade democrática. O cenário exige atenção contínua e ações concretas para evitar que tais ataques se normalizem.