Cinco anos após o Brexit, o Reino Unido e a União Europeia deram início a um processo de reaproximação, marcado por um acordo que busca benefícios mútuos. O premiê britânico descreveu o entendimento como “ganha-ganha”, destacando a redução de barreiras sanitárias para alimentos e bebidas, a extensão de autorizações para pesca em águas britânicas e a retomada de programas de intercâmbio universitário. No entanto, o acordo não inclui a reintegração ao mercado único ou às regras de livre circulação, mantendo o país fora do bloco.
Pesquisas indicam que a maioria dos britânicos se arrepende da saída da UE, com 62% considerando o Brexit um fracasso e 55% apoiando um eventual retorno. Apesar do clima favorável à reconciliação, o governo britânico deixou claro que a reintegração não está em discussão no momento. O acordo também aborda cooperação em defesa, impulsionado pelos temores gerados pela guerra na Ucrânia e pela mudança na postura dos Estados Unidos em relação à proteção militar europeia.
A expectativa é que a reaproximação gere impactos econômicos positivos, como a redução no preço dos alimentos e um incremento de 9 bilhões de libras na economia britânica. Líderes de ambos os lados celebraram o momento como o início de um novo capítulo nas relações, embora os desafios persistam diante de um cenário global marcado por crises e tensões geopolíticas.