O Reino Unido e a União Europeia anunciaram uma redefinição significativa de suas relações comerciais e de defesa, quase nove anos após o Brexit. O acordo inclui a participação britânica em projetos conjuntos de defesa, facilitando o acesso de alimentos e visitantes à UE, além de um polêmico acordo de pesca. A mudança foi impulsionada pela necessidade de adaptação a um cenário global em transformação, marcado por tarifas e pressões dos Estados Unidos, que levaram o primeiro-ministro britânico a buscar maior proximidade com líderes europeus.
O governo britânico destacou que o acordo reduzirá a burocracia para produtores agrícolas, melhorará a segurança energética e adicionará cerca de 9 bilhões de libras à economia até 2040. Apesar de não representar um impulso econômico imediato, a medida pode melhorar o sentimento corporativo e atrair investimentos. O primeiro-ministro enfatizou a importância de superar divisões passadas e focar em soluções práticas para beneficiar a população.
No centro do acordo está um pacto de defesa que permitirá ao Reino Unido participar de aquisições conjuntas e integrar empresas britânicas em um programa europeu de rearmamento. Além disso, o acordo de pesca estabelece acesso mútuo às águas por 12 anos, reduzindo controles fronteiriços para pequenos produtores. A oposição criticou a medida, mas o governo defendeu-a como um passo necessário para fortalecer a cooperação e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.