O CEO da BRF destacou que os acordos de regionalização sanitária já estabelecidos pelo Brasil com diversos países devem limitar os impactos comerciais do recente foco de gripe aviária em Montenegro (RS). Países como Arábia Saudita, Japão e Argentina reconhecem o conceito de regionalização, o que permite restringir eventuais sanções às áreas afetadas, em vez de suspender as exportações de todo o país. A China, que temporariamente paralisou as importações de carne de frango brasileira, já adotou medida semelhante no passado, mas posteriormente restringiu as restrições ao Rio Grande do Sul.
A empresa afirmou manter estoques estratégicos e planos de contingência para garantir o abastecimento dos clientes, além de contar com 187 novas habilitações em mercados alternativos nos últimos três anos. O executivo ressaltou a confiança no sistema sanitário brasileiro, destacando a rápida resposta das autoridades e a forte biossegurança do país. Ele também lembrou o caso da doença de Newcastle no ano passado, quando o Ministério da Agricultura agiu com eficiência para conter os impactos.
A BRF possui estoques em diferentes regiões do mundo, o que ajuda a mitigar riscos e garantir o abastecimento mesmo diante de eventos sanitários. O CEO classificou o caso como isolado e localizado, reforçando que a empresa já tem planos estruturados para lidar com situações como essa. A reputação sanitária do Brasil e a credibilidade internacional foram apontadas como fatores-chave para superar o episódio sem grandes consequências.