O rebranding é um processo complexo que envolve muito mais do que uma mudança visual, exigindo estratégia, timing e coragem para enfrentar riscos. Durante o Forbes Summit Brands & Co, especialistas como Ana Couto, Clayton Caetano (Itaú) e Henrique Rebello (Jaguar Land Rover) debateram os desafios dessa transformação. Eles destacaram a importância de métricas como KPIs, propósito e conexão emocional, além da necessidade de alinhar a mudança ao momento da empresa e da sociedade. O caso do Itaú, que reformulou sua marca em 2024 para celebrar seus 100 anos, ilustra a profundidade do processo, que demandou 22 meses de trabalho e envolveu 90 mil colaboradores.
Outro exemplo discutido foi o reposicionamento da Jaguar, que optou por se tornar uma “house of brands” focada em luxo moderno, mantendo sua essência, mas atualizando sua expressão. Henrique Rebello explicou que a decisão partiu de uma análise de contexto e afinidade com o público, mostrando que o rebranding não é apenas sobre identidade visual, mas sobre ressignificação estratégica. A polêmica gerada pela mudança foi vista como uma oportunidade para reforçar o posicionamento inovador da marca.
Os especialistas também diferenciaram branding e marketing, ressaltando que o primeiro gerencia valor para todos os públicos, enquanto o segundo foca em conversão. Clayton Caetano destacou o papel do branding como governança corporativa, enquanto Ana Couto enfatizou sua importância na construção de conexões emocionais. O evento, realizado em parceria com o Rio2C, reforçou que, em um mercado cada vez mais transacional, o rebranding é vital para diferenciar marcas e garantir sua relevância no longo prazo.