O anúncio do aumento nas alíquotas do IOF pelo Ministério da Fazenda gerou rápida reação negativa nas redes sociais e no mercado financeiro, levando o governo a recuar horas depois. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) identificou que a medida, que incluía uma taxa de 3,5% sobre remessas de fundos de investimento para o exterior, foi mal recebida por agentes econômicos e pelo público. A decisão de revogar parte do decreto foi tomada após discussões entre ministros, que optaram por anunciar o recuo ainda na noite de quinta-feira, antes da abertura do mercado na sexta.
A medida do IOF foi criticada por impactar fundos que diversificam aplicações no exterior, enquanto o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 teve recepção positiva, com queda do dólar e alta na Bolsa. Analistas avaliaram que o aumento do imposto ofuscou os efeitos favoráveis do bloqueio orçamentário. A expectativa inicial do governo era arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões em 2025, mas o valor agora é incerto devido à revogação parcial.
O Palácio do Planalto agiu rapidamente para conter a repercussão negativa, coordenando a comunicação entre a Secom e o Ministério da Fazenda. A estratégia de anunciar as duas medidas simultaneamente foi considerada equivocada por parte da equipe governamental, que reconheceu a necessidade de maior diálogo antes de implementar mudanças sensíveis. O episódio destacou a influência das redes sociais e do mercado na tomada de decisões econômicas.