Na região de Illawarra, no litoral de Nova Gales do Sul, Austrália, organismos bioluminescentes como plânctons, fungos, vaga-lumes e larvas de mosquito-dos-fungos criam um cenário surreal, semelhante a filmes de fantasia. Essas espécies prosperam em microclimas úmidos e escuros, especialmente nas escarpas de arenito próximas a Kiama, onde a baixa poluição luminosa e a vegetação densa favorecem sua reprodução. No entanto, mudanças climáticas, incêndios florestais e o turismo descontrolado ameaçam sua sobrevivência.
Text: O australiano David Finlay, que organiza excursões noturnas para observação do fenômeno, alerta para a necessidade de equilíbrio entre turismo e preservação. Ele divulga orientações para visitas responsáveis e mantém em sigilo locais mais frágeis. A bioluminescência varia conforme as estações: vaga-lumes são mais visíveis entre novembro e fevereiro, enquanto fungos brilhantes aparecem no outono. Destinos como Jervis Bay e Hobart são ideais para avistar o plâncton luminoso, que tinge o mar de azul.
Text: Fotógrafos e entusiastas, como Christine Dean Smith, são atraídos pelo espetáculo natural, que muitos consideram uma experiência única e inesquecível. Finlay ressalta a importância do respeito ao meio ambiente, lembrando que até a urina de marsupiais pode brilhar no escuro, confundindo observadores desatentos. A preservação desses ecossistemas é crucial para que as gerações futuras também possam testemunhar esse fenômeno mágico.