A Raízen, maior processadora de cana-de-açúcar do mundo e uma das principais distribuidoras de combustíveis no Brasil, está retomando o foco em seus negócios principais, como produção de açúcar, etanol, bioenergia e distribuição de combustíveis. O anúncio foi feito pelo CEO da empresa após a divulgação de um prejuízo de R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre fiscal e um aumento da dívida líquida para R$ 34,2 bilhões. A companhia enfrenta desafios como os impactos do clima seco e das queimadas de 2024, que afetaram a recuperação de alguns canaviais, além de um cenário econômico turbulento com juros elevados.
A empresa está implementando medidas para reduzir o endividamento, incluindo a venda de ativos não estratégicos, como a usina de Leme, negociada por R$ 425 milhões. O plano também envolve a simplificação de operações, corte de despesas e racionalização de investimentos. A expectativa para a safra 2025/26 é de uma queda no processamento de cana, entre 72 e 75 milhões de toneladas, reflexo das adversidades climáticas e da estratégia de desalavancagem.
Executivos destacaram que as ações são apenas o início de uma jornada para melhorar a estrutura de capital, sem prazos definidos para a conclusão dos desinvestimentos. A Raízen também está redefinindo sua área de trading, focando em operações de maior valor, e mantém expectativas de crescimento nas vendas de combustíveis, apesar dos desafios do setor. O objetivo principal continua sendo a redução da dívida, aliada à eficiência operacional e à simplificação da gestão.