Desde 2005, o Vaticano substituiu o método tradicional de queimar cédulas e palha úmida por um sistema eletrônico mais eficiente para produzir a fumaça que sinaliza a eleição de um novo papa. A tecnologia utiliza cartuchos pirotécnicos contendo lactose e naftalina, que geram fumaças branca e preta, respectivamente. A lactose, ao queimar, produz partículas que refletem a luz, criando a fumaça branca que indica uma decisão concluída, enquanto a naftalina libera partículas escuras, resultando na fumaça preta que sinaliza votação inconclusiva.
O sistema também incorpora princípios físicos, como termodinâmica e mecânica dos fluidos, para garantir que a fumaça seja visível e mantenha sua cor durante a dispersão. A diferença de densidade entre o ar aquecido e o ambiente externo ajuda a fumaça a subir, enquanto o controle do tamanho das partículas assegura que o efeito dure tempo suficiente para ser visto pela multidão na Praça São Pedro.
Desenvolvido por especialistas em pirotecnia, o equipamento consiste em dois fogões conectados a uma chaminé: um para queimar as cédulas e outro, eletrônico, que recebe os cartuchos com seis cápsulas interligadas. Acionado pelos cardeais, o sistema libera fumaça por cerca de sete minutos, transmitindo de forma clara e contínua o resultado do conclave. A inovação garantiu maior eficácia e visibilidade, resolvendo as limitações do método antigo.