O número de queimadas no Acre reduziu drasticamente nos primeiros quatro meses de 2025, com apenas 43 focos detectados pelo Inpe, uma queda de 99,5% em relação ao segundo semestre de 2024. O período coincide com o inverno amazônico, marcado por chuvas intensas que alagaram municípios e deslocaram famílias. Apesar do recuo, o estado ainda enfrenta desafios, já que o período endêmico de queimadas costuma ocorrer no verão amazônico, quando o clima seco favorece a prática para limpeza de terrenos e pastagens.
Em 2024, o Acre registrou um aumento de 32% nas queimadas em comparação com 2023, com o segundo semestre concentrando 99% dos focos. As consequências foram sentidas na qualidade do ar, com cinco cidades acreanas entre as mais poluídas do país, incluindo Sena Madureira e Rio Branco. A fumaça das queimadas chegou a interromper aulas e agravar problemas de saúde pública, destacando a relação direta entre incêndios e poluição atmosférica.
Especialistas alertam que, mesmo com a redução do desmatamento, as queimadas continuam a impedir a recuperação da floresta. O bioma amazônico foi o mais afetado, com mais de 140 mil focos em 2024, evidenciando a necessidade de políticas eficazes para combater a prática. Enquanto as chuvas oferecem um alívio temporário, a tendência histórica indica que os números podem voltar a subir a partir de maio, exigindo atenção contínua das autoridades e da sociedade.