O Ibovespa iniciou a semana com queda, influenciado pela desvalorização do petróleo e pelos recuos nos mercados norte-americanos. A commodity registrou queda acima de 2%, reflexo da decisão da Opep+ de acelerar o aumento da produção a partir de junho, além das preocupações com excesso de oferta e possíveis impactos nas tarifas comerciais globais. As ações da Petrobras, que têm peso significativo no índice, acompanharam o movimento negativo do petróleo, enquanto a Vale também oscilou para o negativo devido à paralisação do mercado de minério de ferro na China por feriado.
A semana será marcada por uma agenda econômica intensa, com a divulgação de indicadores como o IPCA no Brasil e decisões de política monetária no país, nos EUA e no Reino Unido. Além disso, os resultados trimestrais de grandes bancos, como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, estão no radar dos investidores. O Copom deve anunciar novo aumento da Selic, com expectativa de que sinalize o fim do ciclo de alta, enquanto o mercado já projeta um possível corte de juros ainda em dezembro.
O cenário externo e as incertezas domésticas contribuíram para o movimento de realização de lucros no Ibovespa, que acumula alta de 11% em 2025. Analistas destacam que os próximos dias serão cruciais para definir o rumo do índice, com atenção redobrada aos dados econômicos e às decisões dos bancos centrais. Às 11h24, o Ibovespa recuava 0,91%, refletindo o clima de cautela no mercado.